O desafio
O Parque da Cidade oferece a Belém uma oportunidade singular de transformar uma área atualmente subutilizada do Aeroporto Brigadeiro Protásio em um espaço de encontro social, ambiental e econômico. E assim iniciar uma transformação urbana de uma cidade carente de equipamentos públicos, espaços verdes e de lazer de uso coletivo.
O processo democrático de participação popular na definição do programa do Parque demonstrou as reais necessidades e expectativas dos belenenses para este espaço. A população entende que o parque deve ser um grande equipamento público contemplando 3 eixos estruturantes: Cultura e Economia Criativa; Lazer e Esporte; e Paisagístico e Ambiental.
Além de espaço de permanência, a área do Parque também é responsável para facilitar a circulação de pessoas. A área que atuava como agente segregador e fragmentador se torna permeável e de conexão, tanto pela mudança de uso restrito para uso público, quanto ao prolongamento da Avenida Pedro Miranda. Numa visão contemporânea e sustentável, o Parque da Cidade se insere no sistema de transporte que incentiva diferentes modais, principalmente os passivos.
A cidade ocupa o aeroporto
Descaracterizar a antiga função aeroportuária da área e promover o sentimento de apropriação por parte da população deste território descampado e pouco integrado com o entorno é o primeiro ato projetual desta proposta. Contudo, acreditamos que a preservação da memória é imprescindível. Portanto, mantivermos a pista do aeroporto no local e assumimos ela como elemento estruturante da nossa intervenção.
Ao redor desta estreita e extensa área pavimentada é onde as atividades do Parque se organizam. A pista de aproximadamente 1,1 km de extensão que antes servia para a decolagem e aterrissagem de aviões, agora é o ponto de encontro, a ágora do local. Um lugar que dá escala à área, uma linha reta quase infinita aos olhos dos visitantes, um mundo desconhecido das infinitas possibilidades de uso.
Uma leitura multidimensional
A fim de desenvolvermos uma proposta que atendessem as diversas demandas para o Parque, organizamos um pensamento que contemplassem as dimensões: programática, a territorial e a urbana. Na dimensão programática, fizemos uma leitura conceitual dos 3 eixos temáticos do Termo de Referência, e assim organizamos temas estruturantes que definiram os conceitos e as decisões projetuais. Na leitura da dimensão territorial analisamos a relação da área de intervenção com o entorno, e verificamos a presença de linhas de forças de articulação e ligação, que proporcionou indícios de uma possível geometria. O resultado destas duas leituras influenciou na terceira: a da dimensão formal. Sentimos a necessidade de uma linguagem geométrica harmônica do conjunto de espaços tanto na escala paisagística quanto na arquitetônica. Assim, consolidamos uma geometria fractal que evita a rigidez de uma organização ortogonal, e se aproxima de uma linguagem orgânica dos elementos naturais.
O Parque da Cidade oferece a Belém uma oportunidade singular de transformar uma área atualmente subutilizada do Aeroporto Brigadeiro Protásio em um espaço de encontro social, ambiental e econômico. E assim iniciar uma transformação urbana de uma cidade carente de equipamentos públicos, espaços verdes e de lazer de uso coletivo.
O processo democrático de participação popular na definição do programa do Parque demonstrou as reais necessidades e expectativas dos belenenses para este espaço. A população entende que o parque deve ser um grande equipamento público contemplando 3 eixos estruturantes: Cultura e Economia Criativa; Lazer e Esporte; e Paisagístico e Ambiental.
Além de espaço de permanência, a área do Parque também é responsável para facilitar a circulação de pessoas. A área que atuava como agente segregador e fragmentador se torna permeável e de conexão, tanto pela mudança de uso restrito para uso público, quanto ao prolongamento da Avenida Pedro Miranda. Numa visão contemporânea e sustentável, o Parque da Cidade se insere no sistema de transporte que incentiva diferentes modais, principalmente os passivos.
A cidade ocupa o aeroporto
Descaracterizar a antiga função aeroportuária da área e promover o sentimento de apropriação por parte da população deste território descampado e pouco integrado com o entorno é o primeiro ato projetual desta proposta. Contudo, acreditamos que a preservação da memória é imprescindível. Portanto, mantivermos a pista do aeroporto no local e assumimos ela como elemento estruturante da nossa intervenção.
Ao redor desta estreita e extensa área pavimentada é onde as atividades do Parque se organizam. A pista de aproximadamente 1,1 km de extensão que antes servia para a decolagem e aterrissagem de aviões, agora é o ponto de encontro, a ágora do local. Um lugar que dá escala à área, uma linha reta quase infinita aos olhos dos visitantes, um mundo desconhecido das infinitas possibilidades de uso.
Uma leitura multidimensional
A fim de desenvolvermos uma proposta que atendessem as diversas demandas para o Parque, organizamos um pensamento que contemplassem as dimensões: programática, a territorial e a urbana. Na dimensão programática, fizemos uma leitura conceitual dos 3 eixos temáticos do Termo de Referência, e assim organizamos temas estruturantes que definiram os conceitos e as decisões projetuais. Na leitura da dimensão territorial analisamos a relação da área de intervenção com o entorno, e verificamos a presença de linhas de forças de articulação e ligação, que proporcionou indícios de uma possível geometria. O resultado destas duas leituras influenciou na terceira: a da dimensão formal. Sentimos a necessidade de uma linguagem geométrica harmônica do conjunto de espaços tanto na escala paisagística quanto na arquitetônica. Assim, consolidamos uma geometria fractal que evita a rigidez de uma organização ortogonal, e se aproxima de uma linguagem orgânica dos elementos naturais.
⭐︎Prêmio edição do centenário do IAB-Instituto de Arquitetos do Brasil de Urbanismo - Região Norte | 2021
⭐︎Finalista - Concurso Nacional de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo para o Parque da Cidade - Belém | PA | 2020
Pagus Arquitetura + de Paauw Architecture & Landscape
equipe:
André Bihuna, Gabriela de Lima, Leandro Vilas Boas, Leticia Vellozo, Mariana Gusmão, Maria Godoy, Robert de Paauw, Eng. Civil Charles Jaster (estrutura), Eng. Civil Guilherme Castagna, Bióloga Gisele Sessegolo, Eng. Florestal Anna Julia Passold