A reivindicação do rio Capibaribe projeta Recife para o futuro. Em consonância com a corrente agenda do urbanismo mundial pautada na sustentabilidade, inaugura-se uma nova fase da relação entre a urbe e o sistema fluvial. O resgate do corpo d'água como o eixo estruturador da cidade tem como desafio a compatibilização da dicotomia entre a preservação ambiental e o desenvolvimento urbano.

O Parque Capibaribe está pautado no equilíbrio entre os seus caracteres naturais e antrópicos, e visa uma transformação urbana sustentável. O processo de transformação do Recife em uma cidade sensível às águas será longo, assim para a consolidação do parque linear adotou-se uma estratégia aberta de integração espaços públicos já existentes, e de articulação de uma série de intervenções pontuais nas áreas livres ribeirinhas. O projeto das Travessias Capibaribe é uma dessas intervenções.

Procuramos uma concepção construtiva que minimize os impactos ambientais não apenas nos pontos de apoio, mas também em todo processo construtivo. Assim, dentro de um sistema estrutural misto, a madeira atua como protagonista. Considerada como o material do futuro sustentável, este material é natural e renovável, cuja cadeia produtiva contribui para o sequestro de carbono da atmosfera. De característica física semelhante ao estado maciço, a Madeira Lamelada Colada (MLC) é um produto engenheirado que contorna os principais limitantes da aplicação estrutural da madeira comum. A MLC permite a elaboração de peças curvas e de grandes comprimentos, e confere uma maior homogeneidade, resistência e durabilidade aos elementos estruturais.

Concurso Nacional de Passarelas no Recife - Travessias Capibaribe

Pagus Arquitetura + Baraúna Soluções Estruturais

equipe:
Arq. André Bihuna, Arqª Mariana Gusmão, Engº. José Carlos Gomes Filho e Engº. Cladilson Nardino

estagiários:
Maria Eugênia Almeida Ricardo, Leonardo Costa Monte Junior