SENAC - Escola técnica e criativa
Bahia - BA
2023
A organização espacial do edifício partiu de uma divisão linear perpendicular à via entre espaços servidos e servidores, conformando assim um lateral que concentra os programas auxiliares aos demais ambientes, como as circulações verticais e as instalações sanitárias. Na interface entre os espaços servidos e servidores, projeta-se um eixo conector e articulador que chamamos de “rua interna”, atravessando longitudinalmente todo o edifício.
A espacialidade interna da escola técnica e criativa é enriquecida a partir de um jogo de vazios que se espalham entre os volumes de programa e a fachada do edifício, tornando-o dinâmico e fluido e estimulando a criatividade, o diálogo e a colaboração dos usuários.
O edifício é verticalmente dividido em 5 níveis, com uma altura total de 20 metros acima do nível da rua. Foi assegurado que a área total da edificação esteja em conformidade com o coeficiente de aproveitamento básico do lote, evitando a necessidade de adquirir potencial construtivo adicional. O programa do edifício foi organizado de forma a criar um gradiente vertical, indo desde espaços mais abertos e permeáveis até ambientes mais restritos e controlados. Os pavimentos térreo e mezanino acomodam os programas voltados para o público em geral, enquanto os outros 3 pavimentos abrigam os programas destinados à educação profissional.
O edifício proposto para a Escola Técnica e Criativa Senac Bahia é honesto tanto material quanto estruturalmente. Assim, sua tectônica é explicitada, bem como seus esforços de sustentação. Conformou-se uma edificação que evoca neutralidade, atemporalidade e austeridade, já que o protagonismo da escola está nas relações e produções dos alunos. Entretanto, sutilmente conferiu-se personalidades distintas aos diversos pavimentos e ambientes através da variação de cores e forros.
A escolha de alguns materiais reforça este desejo de construir relações significativas com a cidade. Tanto na “rua interna” quanto na praça de acolhimento, recuperou-se o piso em pedra portuguesa, característico da arquitetura luso-brasileira e fortemente presente no centro histórico de Salvador.
O uso do policarbonato translúcido como segunda pele na fachada frontal faz com que a escola seja percebida como um volume bem definido, íntegro, com a força necessária para estabelecer seu lugar em meio aos vizinhos e aos demais edifícios da Avenida Antônio Carlos Magalhães. Por outro lado, suas propriedades de luz e translucidez criam um segundo registro para o edifício, que é mutável em função da natureza do ambiente e da posição do observador. Como resultado, o interior da escola se manifesta sutilmente no espaço urbano durante o dia. Já no período noturno, a edificação se apresenta como uma lanterna na paisagem urbana. No interior da edificação, a pele translúcida confere um controle da incidência solar matutina. Mesmo assim, a luz toma conta dos espaços através das grandes esquadrias, carregando consigo o rastro da cidade e trazendo para o interior da escola a memória do mundo ao seu redor, garantindo um espaço tranquilo e acolhedor aos usuários. A parte superior das esquadrias em geral é composta por venezianas de ventilação natural para quando a climatização mecânica não for necessária. O policarbonato também está presente no fechamento dos conjuntos de instalações sanitárias, garantindo a translucidez necessária para a segurança visual, ao mesmo tempo mantendo certa privacidade aos usuários.
Concurso Público Nacional de Arquitetura para a Escola Técnica e Criativa do SENAC
Pagus Arquitetura + Baraúna Soluções Estruturais
equipe:
Arq. André Bihuna, Arqª Mariana Gusmão, Engº. José Carlos Gomes Filho e Engº. Cladilson Nardino
estagiários:
Leonardo Costa Monte e Guilherme Pinheiro
A espacialidade interna da escola técnica e criativa é enriquecida a partir de um jogo de vazios que se espalham entre os volumes de programa e a fachada do edifício, tornando-o dinâmico e fluido e estimulando a criatividade, o diálogo e a colaboração dos usuários.
O edifício é verticalmente dividido em 5 níveis, com uma altura total de 20 metros acima do nível da rua. Foi assegurado que a área total da edificação esteja em conformidade com o coeficiente de aproveitamento básico do lote, evitando a necessidade de adquirir potencial construtivo adicional. O programa do edifício foi organizado de forma a criar um gradiente vertical, indo desde espaços mais abertos e permeáveis até ambientes mais restritos e controlados. Os pavimentos térreo e mezanino acomodam os programas voltados para o público em geral, enquanto os outros 3 pavimentos abrigam os programas destinados à educação profissional.
O edifício proposto para a Escola Técnica e Criativa Senac Bahia é honesto tanto material quanto estruturalmente. Assim, sua tectônica é explicitada, bem como seus esforços de sustentação. Conformou-se uma edificação que evoca neutralidade, atemporalidade e austeridade, já que o protagonismo da escola está nas relações e produções dos alunos. Entretanto, sutilmente conferiu-se personalidades distintas aos diversos pavimentos e ambientes através da variação de cores e forros.
A escolha de alguns materiais reforça este desejo de construir relações significativas com a cidade. Tanto na “rua interna” quanto na praça de acolhimento, recuperou-se o piso em pedra portuguesa, característico da arquitetura luso-brasileira e fortemente presente no centro histórico de Salvador.
O uso do policarbonato translúcido como segunda pele na fachada frontal faz com que a escola seja percebida como um volume bem definido, íntegro, com a força necessária para estabelecer seu lugar em meio aos vizinhos e aos demais edifícios da Avenida Antônio Carlos Magalhães. Por outro lado, suas propriedades de luz e translucidez criam um segundo registro para o edifício, que é mutável em função da natureza do ambiente e da posição do observador. Como resultado, o interior da escola se manifesta sutilmente no espaço urbano durante o dia. Já no período noturno, a edificação se apresenta como uma lanterna na paisagem urbana. No interior da edificação, a pele translúcida confere um controle da incidência solar matutina. Mesmo assim, a luz toma conta dos espaços através das grandes esquadrias, carregando consigo o rastro da cidade e trazendo para o interior da escola a memória do mundo ao seu redor, garantindo um espaço tranquilo e acolhedor aos usuários. A parte superior das esquadrias em geral é composta por venezianas de ventilação natural para quando a climatização mecânica não for necessária. O policarbonato também está presente no fechamento dos conjuntos de instalações sanitárias, garantindo a translucidez necessária para a segurança visual, ao mesmo tempo mantendo certa privacidade aos usuários.
Concurso Público Nacional de Arquitetura para a Escola Técnica e Criativa do SENAC
Pagus Arquitetura + Baraúna Soluções Estruturais
equipe:
Arq. André Bihuna, Arqª Mariana Gusmão, Engº. José Carlos Gomes Filho e Engº. Cladilson Nardino
estagiários:
Leonardo Costa Monte e Guilherme Pinheiro